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sábado, 30 de abril de 2011

2011 - 42º Aniversário do regresso de Tite/Guiné-Bissau - 22º Almoço Comemorativo



Finalmente pronto o bonito medalhão que simboliza o 42º aniversário do nosso regresso de Tite/Guiné-Bissau.


Este medalhão vai estar disponível no nosso 22º almoço comemorativo que este ano se realiza, a 14 de Maio, em Macedo de Cavaleiros.


Aqueles que por algum motivo não possam estar presentes, nesta Assembleia Magna da CCS do nosso Batalhão,não deixarão de o adquirir. Aos interessados, mais tarde, diremos como.


Este medalhão assenta, em fundo, num quadro de girassóis.





Pica Sinos

............................

Raul Soares - disse:

Boa lembrança.

Bom fim de semana

Um abraçao



José Justo - disse: 



": ...Ó sô Pica...o trabalho não é só meu, só fiz o arranque, o resto até á arte final, foste tu.

O seu ao seu dono.

Queijinhos frescos para todos, bom almoço em Macedo...e boa distribuição de Óscares...



Leandro Guedes - disse:

Está aqui muita arte e muito afecto.

Parabéns aos autores.

LG.



José Justo - disse: 

Guedes já reparaste que cá o bronco já descobriu como se enviam comentários depois da alteração??!! e adoro o pormenor da VERIFICAÇÃO DE PALAVRAS !!! Até nem é nada chato...

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Marido exemplar - pelo Hipólito

     MARIDO EXEMPLAR!!!!



Querida:

Muito obrigado pela tua linda e carinhosa carta.



Podes ter a certeza de que eu sei tratar de mim, por isso, não te preocupes

comigo.



Durante a tua ausência, não se tem passado nada de especial cá em casa.



Enquanto estás fora, tenho preparado o meu próprio almoço, e todos os dias

me espanto de como tudo tem saído bem!...



Já que estou sempre com pressa, ontem decidi fazer batatas fritas

Já agora, diz-me uma coisa: era preciso descascar as batatas?



Enquanto estavam a fritar, aproveitei para ir buscar uns brioches à padaria.



Quando voltei, o esmalte da frigideira tinha derretido.



Nunca pensei que o estupor da frigideira aguentasse tão pouco.



E tu que me dizias que o Teflon aguentava tudo e mais alguma coisa!

Já consegui tirar toda a fuligem da cozinha, mas o nosso gato Fred, é que ficou preto que nem um tição, e agora tosse o dia inteiro Desde esse dia entra em pânico e foge quando mexo nas panelas ou abro o bico do fogão.



Já que pelo menos uma vez por dia preciso de uma refeição mais elaborada, quando estou a fazê-la, o Fred dá 'às de Vila Diogo' e só aparece passadas umas horas ...



Diz-me outra coisa: quanto tempo é que é preciso para cozer os ovos?



Eu já os pus a ferver há duas horas, mas mesmo assim, continuam duros que nem uma pedra!



Também queria que me dissesses se se pode aproveitar leite queimado. 

Queres que o guarde na despensa até tu voltares?



Na semana passada tive um pequeno contratempo ao cozinhar umas ervilhas.

Vou-te contar: agarrei numa lata e decidi aquecê-la.

Mas, infelizmente, explodiu dentro do microondas.

A porta do microondas foi projectada para fora da cozinha e foi dar contra a

nossa pequena estufa de inverno, que claro, ficou partida, assim como a

janela.



Como a janela estava fechada (preciso de a fechar antes de começar a

cozinhar, senão os bombeiros aparecem outra vez), a porta do microondas

arrancou-a também, tal foi a força.



Por sua vez, a lata de ervilhas, parecia um foguete a levantar voo!.. Atravessou o tecto e foi embater na filha do Freitas, o nosso vizinho de cima.

Parece-me que ela ficou bem



Outra coisa: já te aconteceu a louça suja ficar com mofo? Como é que isto se pode dar em tão pouco tempo?



Afinal, tu foste de férias no mês passado, mas parece que foi ontem!



Aliás, atrás do lava-louças há montes de bichos; daqui a pouco até vai dar para fazer um documentário e vendê-lo ao 'National Geographic'

De onde é que saíram tantos bichos cheios de pernas?

Puseste alguma coisa que não devias lá atrás?

Bom, isto acabou por fazer com que eu tomasse uma atitude e lavasse a louça.



Por favor não me insultes, meu amor, mas aquele lindo serviço de jantar de porcelana da tua avó, já era

Eu realmente não contava com isso, afinal de contas parecia tão robusto e

sólido!



Bom, talvez eu tenha exagerado um bocadinho ao pôr o lava-louças no 'programa completo com centrifugação'

Aliás, a máquina de lavar roupa também se escangalhou. A faca de aço temperado que eu pus lá dentro, sem querer, estragou o cilindro durante a centrifugação, porque ficou presa na parede interna.



Quanto ao cilindro, atravessou a parede de tijolos, fazendo um pequeno

buraco, e foi aterrar no jardim.



Durante um dos almoços, sujei a carpete persa com molho de tomate.

Sempre me disseste que as manchas do molho de tomate são impossíveis de

tirar.



Ficas a saber, meu amor, que com um bocadinho de aguarrás, sai tudo, mas

mesmo tudo, inclusivamente, a lã e a seda da carpete.



O frigorífico estava a fazer muito gelo, por isso, tive que o descongelar.

Tenho que te ensinar uma coisa: o gelo sai facilmente se o raspares com uma

espátula de pedreiro!

Só não sei é porque é que agora passou a aquecer...



O iogurte, a água com gás e o champanhe, explodiram.



Sabes, querida, na passada quinta-feira, esqueci-me de, ao sair, fechar à

chave a porta de casa.

Alguém deve ter entrado, porque faltam algumas coisas de valor, entre elas,

aquele colar de marfim que o teu bisavô trouxe da expedição a África, no

século XIX.

Mas, como tu costumas dizer, o dinheiro não dá felicidade, e tudo o que é

material, é efémero.

O teu guarda-vestidos também está vazio, mas penso que não devem ter levado

muita coisa, já que, sempre que saímos, tu dizes que não tens nada que

vestir



Bom, vou ficar por aqui, mas amanhã conto-te mais coisas!



Espero que te descontraias bastante no SPA e que gozes muito o teu descanso.



Beijos mil, com muito amor, do teu Afonso que muito te ama!!!



P.S.: A tua mãe veio cá ver como estavam as coisas, e teve um enfarte.



O velório foi ontem à tarde, mas eu preferi não te contar nada para não te estragar as férias e aborrecer-te desnecessariamente



Afinal de contas, tens que aproveitar as tuas férias e voltares muito

descontraída do teu SPA.

Beijos, do teu dedicado marido.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Eduardo Prado Coelho - pelo Cavaleiro

Eduardo Prado Coelho


Precisa-se de matéria prima para construir um País
(Eduardo Prado Coelho, antes de falecer (25/08/2007), teve a lucidez de
nos deixar esta reflexão, sobre nós todos, por isso façam uma leitura
atenta)


A crença geral anterior era de que Santana Lopes não servia, bem como Cavaco, Durão e Guterres.


Agora dizemos que Sócrates não serve.


E o que vier depois de Sócrates também não servirá para nada.


Por isso começo a suspeitar que o problema não está no trapalhão que foi Santana Lopes ou na farsa que é o Sócrates.


O problema está em nós. Nós como povo.


Nós como matéria prima de um país.


Porque pertenço a um país onde a ESPERTEZA é a moeda sempre valorizada, tanto ou mais do que o euro.


Um país onde ficar rico da noite para o dia é uma virtude mais apreciada do que formar uma família


baseada em valores e respeito aos demais.


Pertenço a um país onde, lamentavelmente, os jornais jamais poderão ser vendidos como em outros países, isto é, pondo umas caixas nos passeios onde se paga por um só jornal E SE TIRA UM SÓ JORNAL, DEIXANDO-SE OS DEMAIS ONDE ESTÃO.


Pertenço ao país onde as EMPRESAS PRIVADAS são fornecedoras particulares dos seus empregados pouco honestos, que levam para casa, como se fosse correcto, folhas de papel, lápis, canetas, clips e tudo o que possa ser útil para os trabalhos de escola dos filhos... e para eles mesmos. 


Pertenço a um país onde as pessoas se sentem espertas porque conseguiram comprar um descodificador falso da TV Cabo, onde se frauda a declaração de IRS para não pagar ou pagar menos impostos.


Pertenço a um país:


-Onde a falta de pontualidade é um hábito;
-Onde os directores das empresas não valorizam o capital humano;
-Onde há pouco interesse pela ecologia, onde as pessoas atiram lixo nas ruas e, depois reclamam do governo por não limpar os esgotos;
-Onde pessoas se queixam que a luz e a água são serviços caros;
-Onde não existe a cultura pela leitura (onde os nossos jovens dizem que é muito chato ter que ler) e não há consciência nem memória política, histórica nem económica;
-Onde os nossos políticos trabalham dois dias por semana para aprovar projectos e leis que só servem para caçar os pobres, arreliar a classe média e beneficiar alguns.


Pertenço a um país onde as cartas de condução e as declarações médicas podem ser 'compradas', sem se fazer qualquer exame.


-Um país onde uma pessoa de idade avançada, ou uma mulher com uma criança nos braços, ou um inválido, fica em pé no autocarro, enquanto a pessoa que está sentada finge que dorme para não lhe dar o lugar;


-Um país no qual a prioridade de passagem é para o carro e não para o peão;


-Um país onde fazemos muitas coisas erradas, mas estamos sempre a criticar os nossos governantes.


Quanto mais analiso os defeitos de Santana Lopes e de Sócrates, melhor me sinto como pessoa, apesar de que ainda ontem corrompi um guarda de trânsito para não ser multado.


Quanto mais digo o quanto o Cavaco é culpado, melhor sou eu como português, apesar de que ainda hoje pela manhã explorei um cliente que confiava em mim, o que me ajudou a pagar algumas dívidas.


Não. Não. Não. Já basta.


Como 'matéria prima' de um país, temos muitas coisas boas, mas falta muito para sermos os homens e as mulheres que o nosso país precisa.


Esses defeitos, essa 'CHICO-ESPERTERTICE PORTUGUESA' congénita, essa desonestidade em pequena escala, que depois cresce e evolui até se converter em casos escandalosos na política, essa falta de qualidade humana, mais do que Santana, Guterres, Cavaco ou Sócrates, é que é real e honestamente má, porque todos eles são portugueses como nós, ELEITOS POR NÓS. Nascidos aqui, não noutra parte...


Fico triste.


Porque, ainda que Sócrates se fosse embora hoje, o próximo que o suceder terá que continuar a trabalhar com a mesma matéria prima defeituosa que, como povo, somos nós mesmos.


E não poderá fazer nada...


Não tenho nenhuma garantia de que alguém possa fazer melhor, mas enquanto alguém não sinalizar um caminho destinado a erradicar primeiro os vícios que temos como povo, ninguém servirá.


Nem serviu Santana, nem serviu Guterres, não serviu Cavaco, nem serve Sócrates e nem servirá o que vier.


Qual é a alternativa ?


Precisamos de mais um ditador, para que nos faça cumprir a lei com a força e por meio do terror ?


Aqui faz falta outra coisa. E enquanto essa 'outra coisa' não comece a surgir de baixo para cima, ou de cima para baixo, ou do centro para os lados, ou como queiram, seguiremos igualmente condenados, igualmente estancados... igualmente abusados!


É muito bom ser português. Mas quando essa portugalidade autóctone começa a ser um empecilho às nossas possibilidades de desenvolvimento como Nação, então tudo muda...


Não esperemos acender uma vela a todos os santos, a ver se nos mandam um messias.


Nós temos que mudar. Um novo governante com os mesmos portugueses nada poderá fazer.


Está muito claro... Somos nós que temos que mudar.


Sim, creio que isto encaixa muito bem em tudo o que anda a acontecer-nos:


Desculpamos a mediocridade de programas de televisão nefastos e, francamente, somos tolerantes com o fracasso.


É a indústria da desculpa e da estupidez.


Agora, depois desta mensagem, francamente, decidi procurar o responsável, não para o castigar, mas para lhe exigir (sim, exigir) que melhore o seu comportamento e que não se faça de mouco, de desentendido.


Sim, decidi procurar o responsável e ESTOU SEGURO DE QUE O ENCONTRAREI QUANDO ME OLHAR NO ESPELHO.


AÍ ESTÁ. NÃO PRECISO PROCURÁ-LO NOUTRO LADO.


E você, o que pensa ?... MEDITE !

terça-feira, 26 de abril de 2011

Leonardo da Vinci - pelo Cavaleiro

Amigo,


Cá estou eu novamente.


Não te quero ver “definhado”!!!


Uma das personalidades renascentistas que mais admiro, como génio raro da nossa história é sem dúvida Leonardo da Vinci.
“Leonardo da Vinci – o Génio” foi o nome de uma exposição, que os jardins do Palácio de Cristal e o Pavilhão Rosa Mota acolheram, no ano de 2007, penso que pelo período de três meses, exposição essa a que tive o privilégio de ver pormenorizadamente, aquilo a que o comissário da exposição, mestre José Rodrigues, considerava “o protótipo da curiosidade que o ser humano devia ter para evoluir como espécie”.  Nesse evento, tive a oportunidade de poder ver modelos, em tamanho real, construídos a partir dos desenhos de Leonardo da Vinci, como o submarino, o avião, o tear ou o protótipo do pára-quedas. A exposição esteve dividida em sectores, desde máquinas civis, terrestres, máquinas de guerra, aquáticas e estudos diversos sobre anatomia e arte.
Naturalmente que fiquei deslumbrado.
A exposição mostrou que, Leonardo da Vinci, além de ser um grande pintor, e autor de "Mona Lisa", era um grande inventor, engenheiro, tendo também, contribuído enormemente com os estudos de anatomia humana.

Ao contrário do que muitos pensam, ele nunca foi reconhecido no país de origem, a Itália. Chegou a ser perseguido pela Igreja e acusado de herege, e teve que se refugiar na França, onde suas obras e invenções tiveram mais reconhecimento, daí que a maior parte das suas obras se encontrem guardadas no Museu do Louvre, em Paris..

Enfim, um grande génio, como dizia a exposição.


Uma das suas facetas, que a partir dessa exposição mais me “tocou”, e que sem querer passei a cultivar, foram e são sem dúvida os seus pensamentos. Filósofo por excelência. Por todo o lado da exposição se liam alguns dos seus pensamentos, e que eu, agora, com muito “gozo”, dou uma “mostra”no ficheiro anexo.
Espero que gostes.


Um abraço,
Cavaleiro
______________________
Leonardo da Vinci(1452 - 1519)
Pintor, escultor, arquitecto e engenheiro, Leonardo da Vinci foi o talento mais versátil da Itália do Renascimento. Os seus desenhos, combinando uma precisão científica com um grande poder imaginativo, reflectem a enorme vastidão dos seus interesses, que iam desde a biologia, à fisiologia, à hidráulica, à aeronáutica e à matemática.
Leonardo nasceu a 15 de Abril de 1452, na pequena cidade de Vinci, perto de Florença, centro intelectual e científico da Itália. O seu talento artístico cedo se revelou, mostrando excepcional habilidade na geometria, na música e na expressão artística. Reconhecendo estas suas capacidades, o seu pai, Ser Piero da Vinci, mostrou os desenhos do filho a Andrea del Verrocchio. O grande mestre da renascença ficou encantado com o talento de Leonardo e tornou-o seu aprendiz. Em 1472, com apenas vinte anos, Leonardo associa-se ao núcleo de pintores de Florença.
 Como filósofo, são inúmeros os seus pensamentos. Para reflectirem, deixo-vos com alguns dos meus eleitos:
         A lei suprema da arte é a representação do belo.
 A necessidade é a melhor mestra e guia da natureza. A necessidade é terna e inventora, o eterno freio e lei da natureza.
A vida bem preenchida torna-se longa.
Não há coisa que mais nos engane do que o nosso juízo.
Não há conselho mais leal do que o que é dado num navio em perigo.
 Não prever, é já lamentar.
O casamento é como enfiar a mão num saco de serpentes na esperança de puxar uma enguia.
O objetivo mais alto do artista consiste em exprimir na fisionomia e nos movimentos do corpo as paixões da alma.
 O ódio revela muita coisa que permanece oculta ao amor. Lembra-te disso e não desprezes a censura dos inimigos.
         O olhar de quem odeia é mais penetrante do que o olhar de quem ama.
 Os que se encantam com a prática sem a ciência são como os timoneiros que entram no navio sem timão nem bússola, nunca tendo certeza do seu destino.
 Pouco conhecimento faz com que as pessoas se sintam orgulhosas. Muito conhecimento, que se sintam humildes. É assim que as espigas sem grãos erguem desdenhosamente a cabeça para o Céu, enquanto que as cheias as baixam para a terra, sua mãe.
         Quando eu pensar que aprendi a viver, terei aprendido a morrer.
 Que o teu trabalho seja perfeito para que, mesmo depois da tua morte, ele permaneça.
Que o teu trabalho seja perfeito para que, mesmo depois da tua morte, ele permaneça.
 Quem não estima a vida não a merece.
Quem pensa pouco, erra muito.
Se escolheres o prazer, conscientiza-te que atrás dele há alguém que só te trará atribulações e arrependimento.
Tal é o Prazer e a Dor... saem de um tronco único porque têm uma só e mesma base, eis que cansaço e dor são a base do prazer e os prazeres vãos e lascivos estão na base da dor.
 Todo o homem deseja ganhar dinheiro para dá-lo aos médicos, destruidores de vidas. Devem, portanto, ser ricos.


Soberbas as suas palavras, não acham?

Mensagem do Costa

Bom dia companheiros!


Espero que tenhais passado estes dias de festas em boa companhia!


Sobre o Blog, eu sou da mesma opinião do Pica e do Zé Manel. Pelo que vejo nos outros congéneres não é diferente do nosso.
Eu não sou muito fã do facebook, talvez porque não o visite muitas vezes para me familiarizar e daí não o entender muito como funciona aquilo.
O nosso problema e dos outros blogs é que muita rapaziada do nosso tempo não se adaptou ás tecnologias e vai daí nem colaboram enviando fotos e algumas estórias passadas lá.


Já agora vou lembrar para memória futura alguns acontecimentos do nosso início de comissão.


27 para  28 de Maio 1967, fomos atacados pelo IN no nosso quartel e daí resultou alguns feridos… uns 3 pelo menos. Sendo que um deles foi evacuado para Bissau e nunca mais voltou á companhia. Que se passou? Alguém se lembra?


Nos primeiros dias de Junho de 1967, fomos surpreendidos quando nos apareceu uma “Daimler” pela porta d’armas dentro, trazendo em cima do “capôt” um colega nosso (ver foto, primeiro á nossa esquerda, alguém se lembra do nome? Nesta foto está ele, eu,o Costa e o Carvalho.  Foto feita na Parede antes do nosso embarque)que acabara de ter um acidente, quando dormia ou se abrigava do sol debaixo de uma GMC e sem que se apercebessem ao destravar a viatura um dos rodados terá passada por cima do crânio dele. Esta foi a nossa primeira baixa na CCS se a memória não me falha.


Também a 22 de Junho desse longínquo ano de 1967, quando um pelotão acabara de chegar ao quartel todos sujos de lama e se preparavam para limpar as armas, um destes militares não tomando as devidas precauções, provocou um disparo que foi atingir o peito a um colega que também acabara de chegar dessa operação, tendo-lhe causado a morte alguns instantes depois. Este infortunado militar deixava aqui no Continente  uma menina que penso não a conhecia. Hoje esta senhora deve ter uns 42 anos.


Deixo-vos um até breve lá em casa do Camelo que, ás tantas vai-nos surpreender com a sua famosa guitarra numa boa sessão de fados, rrrsssss!!!!


Costa

As 100 melhores receitas de bacalhau - pela Joaquim Caldeira

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segunda-feira, 25 de abril de 2011

LISBOA TEVE HOMENS, MULHERES E CRIANÇAS A VIVEREM EM GRUTAS ATÉ HÁ MUITO POUCO TEMPO ATRÁS



Lisboa Teve Homens em Cavernas Até Há Dez Anos

Domingo, 21 de Novembro de 2004

    Miséria atirou os mais pobres para as furnas, galerias subterrâneas onde chegavam a morar famílias inteiras. "As divisões eram feitas com cortinados e tapumes de madeira", descreve um homem que morou numa pedreira desactivada de Monsanto nos anos de 1930 Por Ana Henriques

    Os portugueses que visitam as habitações de trogloditas em Espanha, Marrocos ou na Tunísia mal adivinham que, até há pouco tempo, e bem mais perto, em Lisboa, também houve gente a morar em cavernas.

    Aquela que terá sido a última furna habitada da capital só há dez anos foi desocupada (ver texto nestas páginas). São escassos os testemunhos deste fenómeno, que teve maior expressão na serra de Monsanto: grande parte dos que foram obrigados a fazer das furnas a sua casa em pleno século XX morreram já, levando consigo as memórias desta estranha forma de vida. Também não parece haver grandes registos escritos sobre o dia-a-dia destas gentes famélicas e esfarrapadas.

    Arlindo dos Santos tem 78 anos e não gosta de se lembrar do frio e das privações que passou quando em 1929 - teria então três anos - se mudou com a família para uma destas grutas. Ficava numa quinta particular nas imediações daquele que é hoje o bairro da Serafina. O seu proprietário permitiu à família de Arlindo dos Santos e a outras pessoas sem casa instalarem-se nas antigas pedreiras desactivadas localizadas nos seus terrenos. "Chegaram a viver assim no meio da serra umas 200 pessoas", calcula o septuagenário. Como? "À entrada punha-se um alpendre de zinco, para evitar que a chuva entrasse. Lá dentro havia uma escada com corrimão que descia até sete ou oito metros abaixo da terra". A iluminação, conta, era feita com candeeiros a petróleo. "O meu pai arranjou aquilo bem, com tapumes de madeira metidos na parede por causa da humidade".

    Mas estas panaceias pouco ou nada podiam contra o frio que se entranhava no corpo. Venância Ribeiro, uma mulher com mais de 70 anos que ainda hoje faz fretes num mercado da cidade, conta que nos primeiros tempos chovia na furna de Alcântara onde viveu até pelo menos aos 20 anos: "Acordávamos todos encharcados". Como muitos dos habitantes das cavernas, andava com a mãe "à gandaia" cidade fora, isto é, a recolher papel e outros desperdícios que depois vendia no ferro velho. "Passei muito lá, e a minha irmã ia morrendo", diz. A diferença é que, ao contrário da furna de Arlindo dos Santos, esta era uma gruta que ficava ao nível do chão; não era subterrânea.•





A repressão das autoridades•



    Muitos relatos da época fazem referência aos malfeitores que se acoitavam nas grutas de Monsanto, fugidos às autoridades. Na realidade, são pessoas honestas atraídas pelo El Dorado da capital que ocupam, por esta altura, parte significativa destas precaríssimas habitações, como relata o volume da "História de Portugal" coordenada por José Mattoso dedicado ao Estado Novo, da autoria de Fernando Rosas: "Nos anos 30, com as indústrias e actividades congéneres, aumentara rapidamente a população operária e trabalhadora da capital, à qual afluiria com os efeitos da guerra, desde o início dos anos 40, a gente fugida da miséria dos campos". A cidade ressente-se desta invasão: "As infra-estruturas urbanas estavam longe de poder responder a tal crescimento populacional". A tal ponto que a degradação das condições de habitação se torna "um problema crucial da vida urbana, especialmente para as classes mais pobres". À falta de melhor mora-se nos pátios, nas barracas e nas furnas. Fernando Rosas cita um vereador da Câmara de Lisboa da altura: "Há dezenas de milhares de famílias a viver em partes de casa ou apenas num quarto; há dezenas de milhares de indivíduos de sexo diferente a viver em grande número no mesmo quarto e até na mesma cama, numa incrível promiscuidade". Estábulos, vãos de escada, claustros, meras tábuas de madeira empilhadas - todos os tugúrios servem de albergue, minados pela sujidade e pelas doenças.

    Quem não arranja emprego dedica-se à mendicidade, actividade que as autoridades ilegalizam, preocupadas com a impressão que possa causar aos turistas. Segundo "Os indigentes - Entre a assistência e a repressão", de Maria de Fátima Pinto, as furnas são alvo de rusgas policiais - tal como outros pontos da cidade - destinadas a prender gente pobre acusada de vadiagem.

    "Éramos indigentes", diz Arlindo dos Santos. Era este o nome dado aos mais pobres de todos, àqueles que tinham um cartão para comer na chamada Sopa do Sidónio, também conhecida por Sopa dos Pobres. Ao contrário do habitual, a família de Arlindo Cunha - o pai, uma irmã e um irmão - tinham trabalho. Fabricavam bonecos de pasta de papel, que depois vendiam a lojas e grandes armazéns, como o Grandella. Foi, aliás, esta pequena indústria a ditar a sua ida para Monsanto: "Quando estávamos na Rua das Farinhas [na Mouraria] a vizinhança queixou-se à polícia do fumo da estufa em que secávamos os bonecos e tivemos de sair da cidade". A pedreira abandonada que descobriram estava cheia de terra, para que ninguém nela procurasse refúgio, a entrada tapada quase por completo. Durante vários dias tiraram terra, abrindo espaço por dentro. Uma laje muito lisa fazia de tecto. "As divisões eram feitas com cortinados e tapumes de madeira", descreve.

    Era preciso ir buscar água três quilómetros mais abaixo, garrafões e baldes às costas. "Também se fazia aproveitamento da água da chuva", recorda o septuagenário. "Tínhamos criação: galinhas e capoeiras com coelhos. Comíamos muito ovo". A serra de Monsanto estava nesta altura cheia de campos de trigo. Nos dias de calor a rapaziada nova atravessava a serra inteira e ia desembocar a Algés, à praia, onde tomava banho.

    Fez recentemente 70 anos que Duarte Pacheco assinou o decreto-lei das expropriações de terrenos particulares em Monsanto, o qual permitiu a criação do parque florestal que hoje conhecemos. Os ocupantes das furnas foram obrigados a ir-se embora. A família de Arlindo dos Santos fez uma barraca mais abaixo, na Serafina.

    As galerias subterrâneas não são exclusivas de Monsanto. Raul Brandão encontrou, em 1902, gente a morar em furnas na zona da Madredeus. No jornal "O Dia" conta aos leitores como tinha visto a viver em "tocas" velhos e estropiados, "gente a quem o desgaste da idade ou alguma injúria brutal das fábricas" havia atirado para debaixo da terra. Muitos são simplesmente aposentados sem reforma. "No Inverno (...) passam às vezes dias e dias seguidos imobilizados e rígidos, sem comer", descreve. "Estes fantasmáticos seres formam como que uma espécie à parte, com os seus gestos tardos [lentos] e as suas faces de ruína".



Com a devida vénia dos autores, mas pareceu-me bem copiar este artigo e publicar neste dia histórico

Pica Sinos

posted by J V de Sousa http://opalcodavida.blogspot.com/2004_11_21_archive.html



Foto Blog Klepsidra

Malária ou Paludismo

A malária ou paludismo é uma doença infecciosa aguda ou crônica causada por protozoários parasitas do gênero Plasmodium, transmitidos pela picada do mosquito Anopheles. Hoje é o dia internacional para lembrar os que sofrem com esta doença. Como sabem esta doença afectou violentamente muitos de nós enquanto permanecemos na Guiné.

A malária mata 3 milhões de pessoas por ano[1], uma taxa só comparável à da SIDA/AIDS, e afeta mais de 500 milhões de pessoas todos os anos. É a principal parasitose tropical e uma das mais frequentes causas de morte em crianças nesses países: (mata um milhão de crianças com menos de 5 anos a cada ano). Segundo a OMS, a malária mata uma criança africana a cada 30 segundos, e muitas crianças que sobrevivem a casos severos sofrem danos cerebrais graves e têm dificuldades de aprendizagem.
A designação paludismo surgiu no século XIX, formada a partir da forma latinizada de paul, palude, com o sufixo -ismo. Malária é termo de origem italiana que se internacionalizou e que surge em obras em português na mesma altura. Termo médico tradicional era sezonismo, de sezão, este atestado desde o século XIII.[2] Existem muitas outras designações
Fonte - Wikipédia

25 de Abril

Maior que o pensamento!
José Afonso.
Algumas Canções modernas
Algumas Canções comtemporâneas.